terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Natal com poesia

Natal Africano

Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz… Mas é Natal!

Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical.
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.

Nem luzes, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.


Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém, são velhas
E a noite é Noite de Natal.

 João Cabral do Nascimento, Obra Poética

O Presépio - arte popular tanzaniana

Sem comentários:

Enviar um comentário